Câncer de Próstata: Como funciona a hormonioterapia?

A hormonioterapia, também conhecida como terapia de supressão androgênica, é o tratamento mais antigo e mais eficaz no combate ao câncer de próstata, especialmente nos casos avançados e metastáticos. Essa abordagem visa reduzir ao máximo a testosterona, o hormônio masculino que “alimenta” o crescimento das células cancerígenas da próstata.

Como a hormonioterapia age no tratamento do câncer de próstata?

 A testosterona é um hormônio essencial para o funcionamento normal da próstata, mas, em pacientes com câncer, ela pode estimular o crescimento de células malignas. A hormonioterapia age justamente bloqueando e reduzindo a produção desse hormônio, retardando assim o avanço da doença.

Existem diferentes formas de realizar esse tratamento:

  • Medicações que bloqueiam a produção de hormônios: Medicamentos conhecidos como agonistas e antagonistas de LHRH (hormônio liberador de hormônio luteinizante) são administrados para interromper a produção de testosterona pelos testículos. Esses medicamentos são aplicados por injeções, geralmente a cada 1, 3 ou 6 meses, dependendo da droga utilizada e do plano de
  • Medicações que bloqueiam os efeitos dos hormônios: Medicamentos antiandrogênicos não interferem na produção da testosterona, mas bloqueiam a capacidade do câncer de próstata de absorver a testosterona presente no
  • Orquiectomia: Embora menos comum hoje em dia, a orquiectomia é uma cirurgia que remove os testículos, uma vez que eles são responsáveis pela produção da maior parte da testosterona no

Quando a hormonioterapia é indicada?

 A hormonioterapia é frequentemente indicada nos seguintes casos:

  1. Câncer de próstata avançado: Quando o câncer se espalhou para outras partes do corpo (metástase), a hormonioterapia deve ser indicada para controlar a doença, retardar sua progressão e aliviar os
  2. Câncer recorrente: Se o câncer retornar após o tratamento inicial, como a cirurgia ou radioterapia, a hormonioterapia pode ser usada para impedir o avanço do
  3. Câncer de alto risco: Em alguns casos, a hormonioterapia é utilizada em conjunto com a radioterapia, com o objetivo de aumentar as chances de sucesso do tratamento da doença localizada mas considerada de maior

Efeitos colaterais da hormonioterapia

 Como qualquer tratamento oncológico, a hormonioterapia pode causar efeitos colaterais, que variam de acordo com a resposta individual de cada paciente. Entre os efeitos mais comuns estão:

  • Ondas de calor e suores excessivos
  • Aumento do risco cardiovascular
  • Perda de libido e disfunção erétil
  • Cansaço e fadiga
  • Diminuição da densidade óssea (osteoporose)
  • Perda de massa magra (músculo)
  • Alterações no humor e no sono

Dr. André Paternò, oncologista especializado em tumores geniturinários no Hospital Albert Einstein, enfatiza que é essencial acompanhar o paciente de perto durante a hormonioterapia, garantindo que os efeitos colaterais sejam manejados de forma eficaz.

Conclusão

 A hormonioterapia é uma ferramenta poderosa no tratamento do câncer de próstata, especialmente nos casos mais avançados. Embora o tratamento tenha alguns efeitos colaterais, ele pode proporcionar um controle significativo da doença. Se você tiver dúvidas se necessita da hormonioterapia, consulte o Dr. André Paternò para uma avaliação detalhada e um plano de tratamento personalizado.

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