Quando o câncer de bexiga ou próstata é considerado grave?
Ambos os tumores — de bexiga e de próstata — podem evoluir de maneira silenciosa. Por isso, entender quando essas doenças são consideradas graves ajuda a reforçar a importância do diagnóstico precoce, da realização de exames e do acompanhamento com especialistas.
Câncer de bexiga: quando ele é considerado grave?
O câncer de bexiga é o segundo tipo mais comum do trato urinário, e sua gravidade depende de dois fatores principais: a profundidade da invasão do tumor na parede da bexiga e o grau de agressividade das células tumorais.
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Câncer não invasivo: quando atinge apenas a mucosa da bexiga, costuma ser menos grave. É tratado com cirurgia endoscópica (RTU) e, em alguns casos, imunoterapia local com BCG.
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Câncer invasivo: quando invade a musculatura da bexiga, o risco de progressão e metástase aumenta. Nestes casos, pode ser necessário tratamento com quimioterapia sistêmica, imunoterapia e até retirada total da bexiga (cistectomia).
Sinais de gravidade incluem:
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Crescimento rápido do tumor
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Presença de metástases em linfonodos ou outros órgãos
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Recaídas frequentes após o tratamento
Câncer de próstata: o que define um caso grave?
O câncer de próstata é o mais comum entre os homens no Brasil, mas nem todos os casos são graves. O estadiamento (classificação do avanço da doença) e o escore de Gleason (grau de agressividade celular) ajudam a determinar o risco.
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Tumores de baixo risco: geralmente localizados, com crescimento lento, muitas vezes não requerem tratamento imediato (vigilância ativa).
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Tumores de risco intermediário a alto: apresentam maior potencial de crescimento e disseminação. Podem exigir cirurgia (prostatectomia), radioterapia, bloqueio hormonal e, em casos avançados, quimioterapia ou imunoterapia.
O câncer de próstata é considerado grave quando:
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Está fora da próstata (atinge vesículas seminais, bexiga ou linfonodos)
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Apresenta metástases ósseas ou viscerais
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Mostra crescimento acelerado mesmo com terapia hormonal
Quais exames ajudam a identificar a gravidade?
Tanto para o câncer de bexiga quanto para o de próstata, alguns exames são fundamentais para determinar a extensão e a agressividade do tumor:
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Toque retal e PSA (próstata)
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Cistoscopia com biópsia (bexiga)
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Exames de imagem: tomografia, ressonância magnética, cintilografia óssea e PET-CT auxiliam na avaliação de metástases
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Biópsia com análise histológica: define o tipo e o grau do tumor
O papel do oncologista especializado
Segundo o Dr. André Paternò, oncologista especializado em tumores geniturinários no Hospital Albert Einstein, compreender a gravidade de um tumor envolve muito mais do que olhar apenas para o tamanho da lesão. É necessário avaliar o comportamento biológico, os fatores de risco e as características do paciente, para definir o melhor caminho terapêutico.
Conclusão: gravidade exige precisão no cuidado
Tanto o câncer de bexiga quanto o de próstata podem ser graves, especialmente quando diagnosticados tardiamente. O acompanhamento com um especialista e a realização de exames de forma periódica são estratégias fundamentais para identificar o estágio da doença e iniciar o tratamento mais adequado o quanto antes.
Se você apresenta sintomas ou está em grupo de risco, não adie sua avaliação. Agende sua consulta com o Dr. André Paternò e receba um cuidado integral e preciso.
